19 de dez. de 2023
23 de dez. de 2022
Quando finalmente entendermos que a palavra “dieta” já está cheia de carga e significados negativos, vamos entender que fazer dieta faz o efeito contrário do esperado: engorda, estressa, priva e rebota... A resposta desse problema é uma questão simples: a má administração das emoções e do próprio tempo. Simples não quer dizer que seja fácil. Vamos fragmentar isso de forma mais clara...
Algumas privações ao longo do tempo (como cortar o excesso de frituras, de ida aos fast-foods, das recusadas de cerveja no final de semana e substituir a batata frita do prato por salada, por exemplo), são muito mais fáceis de serem administradas do que quando bate a necessidade de fazer uma dieta, e tudo isso vem de uma só vez, em pacotes intensos. Se fizermos as contas da energia gasta, do esforço gerado e do acúmulo de frustração que se sofre durante uma dieta que em sua maioria, vem acompanhada de arrependimento e imediatismo, percebemos como são muito maiores do que um pouco de energia investida em poucos momentos, de forma inteligente e espaçada.
Alimentar há muito tempo perdeu seu significado orgânico. Virou vício, culpa, festividade, motivo, fuga. Entenda, não há nada de errado em comemorações festivas, encontros amigáveis regadas a quitutes e delícias. A grande questão é até onde se sabe o que realmente alimenta, o que nutre, o que traspassa e o que excede. Quando se tem o controle sobre algo, ou quando algo tem o controle sobre você.
As pessoas trabalham, se exaurem, não cuidam do corpo, da alma. No tempo livre buscam formas imediatistas de recompensarem o prazer. “Eu mereço”, “Só hoje”, “final de semana pode”, são frases que sempre escuto em meu consultório. Para tornar algo um verdadeiro presente, é necessário que ele seja simbólico, não automático. A diferença entre ritual, hábito ou vício é realmente muito tênue.
Se você está feliz com suas escolhas, hábitos e respostas entenda que está tudo certo em continuar por esse caminho. Mas se suas escolhas te trazem culpa, remorso, ansiedade ou tristeza, é importante repensar o caminho que está sendo traçado. A verdade é que qualquer mudança causa desconforto. Ele pode ser sutil e administrado. Ou avassalador e extremamente desconfortável. A forma como isso irá ser administrado é o que vai refletir na saúde do corpo, da mente, do espírito.
O equilíbrio é global. Se origina no corpo ou na mente não é o mais importante. O relevante é como impedir que o desequilíbrio se instale e se propague cada vez mais.
Fazer alguns questionamentos a si mesmo podem te ajudar a começar a traçar algumas novas rotas:
1-Você gosta do que faz?
2-você se alimenta relativamente bem? (Se seu corpo recebe fontes nutritivas de alimentos, água e elementos antixoxidantes na maioria do tempo).
3-você tem relacionamentos saudáveis e construtivos em sua vida?
4-você está feliz com seu corpo?
5-você está feliz com sua disposição?
6-você está satisfeito com seu desempenho cognitivo?
7-você está feliz com o tratamento que dá a seu corpo?
8-você tem energia?
9-você tem vícios? Está feliz com a forma com que os administra?
10- você sabe pedir ajuda?
Estas são questões pessoais, subjetivas e existem varias outras que possibilitam uma análise sobre nós mesmos. O auto conhecimento é ESSENCIAL para qualquer decisão que vise o equilíbrio e a manutenção da nossa saúde.
“O coração é o centro de todos os lugares sagrados. Vá e passeie por lá.”
Namasté,
Xanda.
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