

- 23 de dez. de 2022


- 29 de abr. de 2020
Vamos falar de gordofobia. Vamos falar de obesidade.
Há mais ou menos 6 anos venho estudando e me especializando para salvar vidas. Da minha própria forma. Do jeito que considero certo e cabível a mim.
Não sou médica.
Sou psicóloga, nutricionista ayurvédica, coach de saúde, chef de culinária funcional e o que considero mais importante: sou uma pesquisadora. Não forneço medicamentos nem receitas mágicas. Forneço informação e conhecimento.
Há um tempo fico observando, em meu consultório, consultorias, minhas redes sociais e até mesmo em meu dia a dia, pessoas evitando falar ou cautelosas sobre assuntos ou termos relacionados ao excesso de peso. Até que ponto é preconceito e até que ponto o assunto merece e deve ser discutido?
Hoje estamos em um mundo onde a linha tênue do que é realmente preconceituoso e desrespeitoso e do que deve ser mencionado e tratado com atenção é bem delicada. As pessoas preferem não falar mais sobre certos assuntos para evitar atritos. Seja sobre cor, raça, orientação sexual, obesidade, gênero... Precisamos de instruções para evitar processos. Mas precisamos, ao mesmo tempo, falar sobre certos assuntos para tornarmos o mundo um lugar melhor e mais humano também.
Eu estou aqui para trazer alguns pontos importantes que devem considerados. Sem ser apedrejada, injustamente crucificada ou mal interpretada, pois existem pessoas morrendo e o assunto aqui não é preconceito. Estou aqui para falar de obesidade.
Obesidade, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma doença causada pelo excesso de gordura no organismo. Esse excesso prejudica a saúde. Prejudica as artérias, o coração, sobrecarrega o fígado, inflama o corpo e as células. Células inflamadas comprometem o desempenho cognitivo, físico, a disposição e o fluxo sanguíneo . Causa alterações no colesterol, tendência à diabetes, hipertensão, artrose, tromboses venosas e doenças coronarianas. Alguns pesquisadores já chegaram a cogitar a ideia da obesidade estar ligada ao câncer e outras doenças mais sérias.
Não estou aqui falando do pneuzinho de ninguém, do excesso de dobrinhas na barriga ou de um quadril largo. Estou falando de OBESIDADE. De pessoas acima do peso, que continuam comendo alimentos industrializados, inflamatórios, carboidratos e gorduras inflamatórias em excesso.
Quais são as causas que levaram a essa situação?
O que leva essas pessoas a tendenciarem aos excessos?
Quais são os tratamentos?
Quantas pessoas no mundo estão acima do peso?
O que deve ser considerado ao se tratar pessoas com obesidade?
Como saber se você está acima do peso ou se sua saúde está correndo riscos?
De sete bilhões de habitantes do planeta, 24% estão com excesso de peso. Uma pessoa é considerada obesa quando o seu índice de massa corporal (IMC) é superior a 30kg/m2. Estamos ingerindo, hoje, 11 vezes mais carboidratos que gorduras. A base da alimentação mundial é de carboidratos, embalados, empacotados, industrializados. E ninguém fala direito sobre isso. Comer mal é normal.
Desde os tempos primórdios, nos alimentamos de muitas gorduras boas, legumes e verduras. A indústria nos convenceu de que as gorduras engordam e os carboidratos fornecem energia. Salpicaram açúcares, disfarçados e descarados, nos alimentos e viciaram nosso paladar e nossas mentes. Mas isso são detalhes para um próximo post.
O ponto importante aqui é que as pessoas não se alimentam mais como deveriam. Hoje, pessoas morrem devido ao sobrepeso todos os dias. Morrem pela comida que comeram e continuaram comendo. Estudos indicam que nossos filhos viverão 10 anos a menos que nós devido ao ambiente alimentar que construímos ao redor deles.
Se você encontra-se acima do seu peso “normal” e está fadigado, prejudicado física e cognitivamente, se sentindo pesado e com tendência à depressão, você pode estar fadado a uma saúde comprometida. Converse com alguém que você confie. Expresse-se de alguma forma. Isso é importante para que se externalize algo que pode ser tão intenso e tão complexo.
Nos encontramos em uma realidade terrível hoje. Passamos boa parte do tempo de nossas vidas paranóicos com assassinatos, sequestros, acidentes, doenças viróticas, pressão alta, entre outras fatalidades (que são importantes também, não me interpretem mal), que não nos atinamos para o fato de que a obesidade e as doenças relacionadas à dieta são as que mais matam no mundo (até mais que câncer). Qualquer médico ou profissional da área de saúde (que se atualize) irá te confirmar isso.