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O culto ao corpo "perfeito" e seu lado maligno.


Imagem forte, né? Ver essa foto me relembra do tema do TCC da minha pós em Psicologia da Nutrição. Debatemos muito durante todo o curso sobre a questão do culto ao corpo. E as consequências disso para saúde física, mental e emocional.

Desde que o mundo é mundo a definição de beleza vem se modificando e se atualizando de acordo com a época. Já foi-se o tempo em que a gordura no corpo de uma mulher era apreciada. Teve também a moda dos seios pequenos, grandes, curvas exuberantes, corpo magro e por aí vai. Hoje a tendência fitness chegou de voadora, mostrando que corpo bonito é musculoso, tem baixo índice de gordura, é todo duro, em pé e firmeza pura (é sério).

Nisso, um mercado milionário se eleva com as vendas de próteses, suplementos, medicamentos e hormônios, construindo um império que pouquíssimos usufruem. Esse padrão inatingível de beleza pregado pelas mídias (televisão, revistas, cinema, REDES SOCIAIS) já penetrou no inconsciente coletivo e aprisionou as pessoas dentro de si mesmas. Devido a isso, a grande maioria das mulheres se encontra frustrada e insatisfeita com a própria imagem. As mulheres nunca foram tão expostas a ideais estéticos quanto hoje. Desta forma, mulheres passam para outras mulheres estes mandatos, e cria-se uma rede de padrões e tendências a serem cumpridas. Isso tudo adoece mentes, autoestimas, corpos e almas. As pessoas já não têm mais referência do próprio gosto, da própria essência e passam a não entender e respeitar o próprio corpo. E não imaginam que tudo isso é pensado, entre grandes tubarões (indústria farmacêutica, da moda, alimentícia e por aí vai) para tirar dinheiro de quem se deixa influenciar pela dádiva da inconsciência.

E aí vem a pior parte: a briga dos extremos, onde o "magro" grita com o "gordo" e o "gordo" grita com o "magro", exigindo respeito, impondo a real felicidade embutida nas escolhas alimentares, na expressão do corpo e na liberdade de expressão.A pessoa acima do peso, a pessoa ortoréxica (nome dado quando a preocupação por comida saudável vira doença), a pessoa muito magra, entre outros “padrões”.

Gente, por favor, entendam: deixem a estética de lado por um momento. Não vai ser o lado de fora que irá dizer se você é saudável ou não. Já atendi pessoas com 6% de gordura no corpo e massa magra pra distribuir pra uma população inteira que estavam infelizes, desesperadas, frustradas e numa angústia infinita. O que vai definir se você está saudável ou não, não é o número que mostra a balança, o tamanho que você veste ou o seu percentual de gordura. É como a sua MENTE se encontra. Você é feliz quando se olha no espelho? Você se sente realizado nas principais áreas da sua vida, nos seus relacionamentos? Você se sente disposto, ativo, consegue desempenhar suas funções básicas diárias como acordar, ir ao banheiro, trabalhar, comer e se divertir sem faltas ou excessos? ESSE é o seu parâmetro. Assim que você sabe se está ou não feliz, saudável, no caminho certo de equilíbrio e saúde! Independente se você veste 38 ou 46! Inseguranças todos nós temos. A pessoa mais bonita e inteligente que você conhece TEM inseguranças. Isso não é sofrer de patologia alguma e nem acusa necessidade de tratamento psicofarmacológico. Isso significa ser HUMANO. Simplesmente.

Vou dar um exemplo pessoal:Eu já estive 20kg acima do peso. Na época EU não estava nada feliz. Cansava à toa, não tinha resistência nenhuma e vivia doente. Hoje, 10 anos depois, nem se compara a disposição física, mental, emocional e espiritual da Xanda de 10 anos atrás.

Então vamos para as dicas. Porque não adianta apontarmos só problemas e não virmos com soluções, certo?

1 - reflita sobre seu estado atual. Chegue a uma conclusão do que realmente importa pra você. Saia do mantra sanguessuga “eu quero emagrecer” e encontre o que realmente faz sentido pra você nesse momento da sua vida. “Eu quero saúde emocional, quero me sentir bem”, “eu quero disposição e ser mais ativo”, “eu quero caber nas minhas calças antigas”, “eu quero parar de me comparar com a fulana e me sentir bem comigo mesma”. Não importa qual seja, encontre seu ponto.

2 - Esqueça as comparações. A comparação é inimiga da autoestima. Faça as pazes com você mesmo, relembre a pessoa foda que você é. Mude a comunicação interna que você tem tido com você, com os outros, com o ambiente. Relembre de suas qualidades e potencialidade. Se você não consegue montar uma lista com 5 delas, já sabemos que o problema maior não mora no seu abdômen, mas na sua cabeça!

3 - Perceba seus hábitos. Eles te agregam ou te sabotam? Mesmo que você não esteja se sentindo mal atualmente, os seus hábitos negativos vão gerar consequências para sua vida cedo ou tarde. Não vale mentir nem omitir. Seja real nas suas análises. E mude o que tiver que mudar: rápido!A consciência, o autoconhecimento, o reconhecimento, o perdão e a ação são os passos essenciais para a recuperação e a realização de qualquer coisa na vida. Vá atrás do que você merece.

Beijos de luz,

Xanda.

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